Maconha ou Cannabis medicinal?

Por que chamam de maconha medicinal e não cannabis medicinal? Qual é a diferença entre a maconha medicinal e a cannabis medicinal?

     Maconha medicinal e Cannabis medicinal significam a mesma coisa. A origem do nome cannabis sativa, segundo Renata Monteiro, farmacêutica, vem do grego Kannabis, que significa maneira de produzir fumaça, Sativa vem do latim que significa cultivada, plantada.

     A cannabis vem de uma única espécie da família Cannabaceae e possui três subespécies, a indica (de porte menor mas mais robusta), a sativa (gigante) e a ruderalis. Destas duas espécies o homem fez mais de três mil variedades agronômicas.

     “O relacionamento sério e milenar entre humanos e a Cannabis resultou em uma seleção de variedades com diversos usos e efeitos psicoativos e terapêuticos. Segundo Sidarta Ribeiro, neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e um dos maiores especialistas brasileiros no assunto, “a maconha é uma criação humana, assim como o cachorro. A partir de uma planta primitiva, a humanidade fez um melhoramento: essa maconha é para trabalhar, essa é para estudar, essa é para dor, essa é para extrair fibras e assim por diante. Existem diferentes composições de canabinóides e a planta foi customizada para satisfazer necessidades humanas. Da mesma forma, há 20 mil anos, existiam lobos. Desenvolvemos centenas de raças diferentes de cachorros com habilidades específicas: cães de guarda, guias, lazer, resgate, pastoreio etc.”. (Lerer,2019)

     Diferenças morfológicas entre as três subespécies de Cannabis sativa L., sativa, indica, ruderalis. De: McPartland, 2018. 

     Tipos de óleos de maconha:

  • CBD – possui canabidiol puro, sem outros canabinóides.
  • CBD Full Spectrum – é o extrato da planta completo, com todos os canabinóides e THC.
  • CBD de amplo espectro – quando possui o extrato completo do óleo, com todos os canabinóides, mas não contém THC.

Canabinóides e suas aplicações terapêuticas (Fonte: Cannabisconsciente.com)

 

Referências:

LERER, Rebeca. Ilegais. Piseagrama, Belo Horizonte, nº13, pág 52 – 57, 2019. Disponível em <http://piseagrama.org/ilegais/> Acesso em 24 out 2020.

Stonehouse, G. et al. Tese Fitoremediação e Potencial de Biofortificação de Cannabis Sativa L. 2019. Disponível em: <https://www.semanticscholar.org/paper/THESIS-PHYTOREMEDIATION-AND-BIOFORTIFICATION-OF-L.-Stonehouse-Pilon-Smits/be7367037951a4765c845b9e28a3439491daf710> Acesso em 24 out 2020.